skip to main |
skip to sidebar
Sem dúvida alguma a produção de obras de ficção literária, tem demonstrado o poder da imaginação, um potencial inconsciente e subliminar, aflorando na consciência de algumas pessoas realmente iluminadas. Imagine, como dizia John Lennon, mundos que se cruzam através de portais, em que se abre passagens ou portões estelares. E o que dizer da humanidade produzindo energia para seres de um outro mundo, retirada de suas emoções? Esse é o enredo do filme da Disney “Monstros .S.A”, talvez o mais sério, interessante e significativo produzido até hoje, para crianças, só comparável a “Matrix” na produção de ficção cientifica, para adultos e adolescentes, que traz o mesmo argumento – uma humanidade escravizada, alimentando com sua energia um mundo dominado por máquinas inteligentes.
Essa temática é assustadora, tenebrosa e maldita. Para que serve a humanidade na economia da Natureza? Qual a nossa utilidade para o planeta, do qual fazemos parte? Como funciona o Universo sob o aspecto da manutenção, ou melhor, como se sustenta? Claro que nesse momento de intensa loucura, do frango mutante produzido a base de hormônios, dos transgênicos, das uniões homo afetivas, das passeatas a favor da liberação da maconha, das igrejas para gays, das guerras entre torcidas de futebol, é o tráfico de drogas - que só existe porque há consumidores , o significado da existência humana se perdeu há muito tempo. É claro que o problema da violência e da miséria não parece incomodar muita gente ao mesmo tempo. É para amortecer a dura realidade que a alienação existe e é alimentada pelas mídias.
Mas, essa questão não é nova, até porque a humanidade já teve tempo de sobra para entender esse problema existencial, há milhares de anos, e por várias gerações de humanidades já esquecidas. Antes do racionalismo da era industrial, algumas tradições orais vindas de conhecimentos antigos, dizia que o mundo, ou melhor, o universo é autofágico. Isto é, uma serpente que devorava a si mesma, mordendo a própria cauda – Ouroboros. E que uma das leis do Universo é devorar e ser devorado – tragar e ser tragado.
Assim, o argumento de que somos, no mínimo uma forma de alimento ou produtores de energia – como em “Monstros S.A” - para outras formas de vida, inteligências ou seres galácticos, como o nosso planeta, e o próprio Universo, é algo profundamente significativo para essa geração “Bob Esponja” alienada do século 21. Pelo menos, a possibilidade de servir para alguma coisa de útil, para compensar a devastação e estragos que produzimos.
Profundamente “alienada”, que na linguagem da medicina significa loucura, e na da economia, perda de um bem, essa geração consumista de humanos acredita-se como desfrutadores e senhores da Natureza, os “filhos de Deus”. Consumindo todos os recursos naturais do planeta, e nos multiplicando como insetos sem predadores, estamos nos aproximando dos sete bilhões de indivíduos, achando que a vida, a existência humana, tem um sentido metafísico , algo fantástico e incrível : somos “criaturas”, isto é, criados por um Deus ou Demiurgo – um rebanho, ideia alimentada por “pastores” e padres.
Agora, para que, um ser galáctico – senhor de universos, galáxias, um Deus – criaria uma raça de animais pensantes, num “jardim”, ou planeta, juntamente com outras criaturas, animais e vegetais, seres vivos, sem falar nas bactérias, vírus, etc, aparentemente invisíveis? Afinal, o que teriam os humanos de especial? Resumindo essa ideia: somos criaturas de um Deus e nosso fim, ou finalidade, é adorá-lo em orações, rezas, rituais e sacrifícios. Como prediletos de Deus temos carta branca para fazer e usar como bem entender das outras criaturas, isto é, outros animais do “jardim” , como escravos, e principalmente – como comida. Embora os humanos não seja uma criatura propriamente “carnívora”, como um leão ou um tigre.
Por conta disso, milhões de animais são criados em cativeiro e mortos cruelmente para alimentar a humanidade. Só há piedade e direitos para os prediletos de Deus, que possui “alma”, “espirito”, e vão sobreviver após a morte biológica, indo para o ‘céu” – viver a eternidade ao lado da divindade, isto é, os “bons’, porque os maus vão parar no Inferno, ao lado de Satanás, um adversário de Deus, que a maioria acredita existir. Esse permanente holocausto de animais produz, inconscientemente também, obras literárias mórbidas de “vampirismo” romântico , porque no final das contas, somos uma civilização que vampiriza milhões de animais – nem os gatos, cachorros e baratas escapam da fome da humanidade.
Há, nas três religiões monoteístas, uma preocupação constante em cumprir rituais de adoração, e para isso há templos e sacerdotes, e “pastores”. Para que serve essa adoração? É aqui que o argumento do filme da Disney faz algum sentido – produzimos com nossas emoções e sentimentos algum tipo de energia, e acumulamos ao longo de nossas vidas.
Somos como pilhas ou baterias acumulando energia para alimentar a Natureza? Essa é nossa parte na economia da Natureza? É significativo, que na linguagem bíblica traduzida do hebraico para as línguas ocidentais, o correspondente do nome do Deus de Abrãao virou “Senhor”, “Lord” , isto é, uma relação de senhor e escravos, de obediência e castigos, de propriedade, de rebanho. Mas ninguém cria um rebanho para ser adorado. Na Índia, adoram as vacas, mas elas não adoram os fazendeiros. No mínimo elas fornecem leite, ou são mortas para servir de alimento.
Assim, o rebanho dos “filhos de Deus” teriam também uma finalidade com sua existência fundada em servir a Divindade com a adoração? Os sentimentos e emoções que nos torna diferentes dos outros animais, produz alguma forma de irradiação, ondas e energia? Para alguns discursos dos movimentos ocultistas europeus, sim. Essa energia tem vários nomes místicos nas literaturas mais reservadas, como o livro “Relatos de Belzebu aos seus netos”: Akoskinn, Luxe, Mana.
Porque a morte de tantos animais, trucidados pela humanidade, antes em sacrifícios e hoje para alimento, não provoca nenhum sentimento de compaixão pelos religiosos? Porque esses criaturas também produz energias aproveitadas pela natureza. Os sacerdotes da antiguidade sabiam disso. E lá no fundo da nossa consciência, sabemos o que nos espera: a “colheita maldita”.
Essa ideia fixa de fim de mundo e catástrofes globais, hoje constante no cinema, é um sentimento de horror que acompanha a humanidade, pois outras gerações desapareceram, e o sentimento ficou. Assim como qualquer rebanho animal escravizados nas fazendas dos humanos, também nós, diletos de Deus, como animais, não temos realmente um futuro. Cedo ou tarde nos desligaremos com a morte. E com a morte nos esvaímos em energia. Será que esse jardim e seu rebanho não tem época da colheita? E nessa colheita bilhões de seres humanos devem morrer ao mesmo tempo? O “fim do Mundo”, como dizem as religiões?
É tenebroso e assustador pensar numa utilidade para o “rebanho” que aprendeu a pensar sob o comando de sacerdotes há milhares de anos. E se o planeta do qual surgimos, for como nós, um ser vivo, e que tem por lei universal produzir seu próprio alimento - pelo processo autofágico – e de tempos em tempos, milhares de anos, se alimenta das criaturas que produz, para se refazer, nutrir-se? E essa história de planetas, pedaços de corpos celestes vindo em direção a Terra, também não seria uma das formas de alimentação dessas criaturas do universo , os planetas e estrelas, que se alimenta de si mesmo? Alimentar-se de pedaços de outros planetas ajudariam a terra a se recompor das perdas provocadas pela humanidade.
É muito importante perceber que somos seres pensantes, e como tal podemos ser escravizados pela mente. Convencidos por cosmovisões consumistas e explicações religiosas que falharam em construir uma civilização pelo menos sensata, que tivesse eliminado o egoísmo, as guerras e as matanças de animais, controlado a natalidade, acabando com a miséria. Afinal, somos capim? Ou insetos? Para que crescer tanto uma população de tolos? Para que se produza “riqueza” e milionários? A população de “Criminosos” , “marginais”, “bandidos”, é uma parte dos dejetos produzidos por um sistema econômico perverso.
Um estado permanente de selvageria dissimulada do sistema capitalista, das plutocracias travestidas de democracias, mas controladas pela burguesia. E o que criaturas, escravas da Natureza, que se rebelam inconscientemente contras as forças criadoras, pode esperar como resposta e recompensa?
Para finalizar, tudo isso não significa que o destino da humanidade seja de perda total, e muito menos, um destino cruel. Afinal, o que pode sobrar de criaturas que no fundo são fontes de energia? Isso é um outro questionamento. Tudo é da Lei!
Na era da incerteza que vivemos, cercados de uma tecnologia que não nos leva a lugar nenhum, o progresso é uma falácia do positivismo – a humanidade como um todo – continua cega e estúpida. Fome, guerras, crescimento incontrolável da população, e uma completa ignorância de si mesmo e desse planeta e universo onde estamos. Há alguns fatos que foram colocados de lado e esquecidos como algo maldito, realidades e coisas que não queremos reconhecer, admitir e nem se quer pensar. O que não significa que há registros, informações raras, de fenômenos estanhos e assustadores para nós, senhores da Criação e imagem de Deus, e desconcertantes conclusões:
-Nunca estivemos realmente sozinhos no universo e sempre o planeta foi visitado, ou não somos os únicos seres “inteligentes” que o habita.
-Há alguma coisa tenebrosa nesse universo e nos seres que nos espreitam silenciosos.
Uma das fontes mais inteligentes e lúcidas do pensamento humano é “O LIVRO DOS DANADOS”, publicado nos estados Unidos em 1919,e no Brasil nos anos setenta, do americano Charles Fort. É desse livro que retiramos alguns fatos que nunca saíram dos noticiários, e o pensamento revolucionário do autor.
1-ESTAMOS SÓS NO UNIVERSO? HÁ VISITANTES DE OUTROS MUNDOS?
“ Se falo em conceber um outro mundo que está nesse momento em comunicação secreta com certos habitantes esotéricos da Terra, falo também em conceber outros mundos ainda que estão tentando comunicar-se com todos os habitantes da Terra. Adapto meus conceitos aos dados que encontro. Isso deveria ser o justo, o lógico, e o científico a ser feito; mas não é uma forma de aproximar a forma, o sistema, a organização. Penso em conceber outros mundos e vastas construções que passam nas proximidades, no raio de poucos quilômetros, sem o menor desejo de entrar em contato, exatamente como os navios inabituais que passam frente a muitas ilhas sem prestar atenção particular a alguma. Acredito que existem dados acerca de uma enorme construção que frequentemente chegou até a Terra, afundou em algum oceano, permaneceu submersa durante algum tempo, e depois foi embora. ... por quê? Não tenho a mínima ideia. Que explicação poderia dar um esquimó de uma nave que manda uma sonda â superfície para buscar carvão, que se encontra em grande quantidade em algumas praias árticas, ainda que seja de uso desconhecido para os nativos, para depois zarpar novamente sem prestar nenhuma atenção aos aborígenes?
Uma grande dificuldade em tentar entender aquelas enormes construções que não mostram o menor interesse pela nossa presença;
O conceito em que devíamos estar interessados.
Estou convencido de que, ainda que sejamos habitualmente evitados, provavelmente por razões morais, a Terra foi visitada algumas vezes por exploradores. Creio que a ideia de que tenham vindo visitantes extraterrestres á China, naquele período em que definimos como histórico, será apenas de extraordinária absurdidade quando chegarmos a esse dado.
Estou convencido de que alguns dos outros mundos têm condições muito similares às nossas. E penso que outras sejam muito diversas ... que os visitantes provenientes destes não poderiam viver aqui ... sem aparelhos especiais.
Como poderiam esses seres respirar nosso ar rarefeito se provenientes de uma atmosfera gelatinosa? ...
Máscaras.
As máscaras que foram encontradas em antigos depósitos.
A maior parte dessas são de pedra e afirma-se que seriam objetos rituais dos selvagens ...
Mas a máscara que foi encontrada em Sullivan County, Missou-ri, em l 879 (American Antiquarian, 3-336).
Feita em ferro e prata.
Livro dos Danados (páginas 138-139) HEMUS,1978,SÃO PAULO
2-HÁ ATIVIDADES PRÓXIMO DA TERRA: VISITANTES EM VÊNUS
Evans, Ways of the Planeis, pg. 140:
Em 1645 foi visto nas proximidades de Vênus um corpo bastante grande para poder passar por um satélite. Na primeira metade do século XVIII uma observação similar foi feita quatro vezes... A última notícia foi dada em 1767.
Um corpo grande foi visto, sete vezes, segundo Science Gossip, 1886-178, nas vizinhanças de Vênus. Pelo menos um astrónomo, Hou-zeau, aceitou estas observações e chamou "Neith" àquele mundo ou planeta, ou superestrutura. Seus pontos de vista são reportados por Trans. N. Y.Acad 5-249-"de passagem, mas sem serem confirmados".
Houzeau ou qualquer um que escreva para uma secção do jornal dominical... as trevas externas são iguais para os dois. Um novo satélite neste sistema solar poderia ser fastidioso, ainda que as fórmulas de Laplace, que em seu tempo foram consideradas decisivas, poderiam sobreviver à admissão de cinco ou seiscentos corpos não incluídos naquelas fórmulas - um satélite para Vénus poderia ser fastidioso, mas seria explicado... mas um corpo de grandes dimensões que se aproxima de uma pedra, que ali permanece um pouco e depois se afasta e que depois retoma após algum tempo, por assim dizer, ancorando...
Azúlia é um belo problema, mas Azúlia não é pior que Neith.
AstrophysicalJournal, 1-127:
Um corpo que refíete luz, ou mancha luminosa nas proximidades de Marte; vista a 25 de novembro de 1894 pelo professor Pi-ckerng e por outros, segundo o Observatório Lowell, numa parte não iluminada de Marte - autoluminoso, segundo parecia - considerado uma nuvem mas com uma distância do planeta calculada em cerca de vinte milhas (32 km).
U'a máquina luminosa foi vista mover-se no disco de Mercúrio, em 1799, por Hafdin e Schroeter (Montíilv Notices of the R, A. S 38-338).
No primeiro Bulletin editado pelo Observatório Lowell em 1903, o professor Lowell descreve um corpo que foi visto na linha de separação entre a parte obscura e luminosa de Marte, em 20 de maio de 1903. Em 27 de maio era apenas "suspeitado". Se estivesse por lá, ainda, teria se deslocado de cerca de 300 milhas (480 km)... "provavelmente uma nuvem de pó".
Manchas brancas e muito visíveis sobre o disco de Marte, entre outubro-novembro de 1911 (Popular Astronomy, vol. 19, n. 10).
Então, um deles aceita seis ou sete observações que concordavam entre si, apesar de não poderem entrar na regularidade, sobre um mundo, planeta, ou satélite ao qual deu o nome de "Neith".
Livro dos Danados (página 189) HEMUS,1978,SÃO PAULO
3-E OS ELOHIM CRIARAM UM JARDIM: SOMOS PROPRIEDADE, TEMOS UM DONO
“Penso que somos propriedade de outrem.
Direi que pertencemos a alguma coisa:
Que certa feita esta terra era uma Terra de Ninguém e que outros mundos a exploraram e a colonizaram e combateram entre si para obter a posse, mas que atualmente é possuída por alguma coisa:
Que algo possui esta terra ... e todos os outros receberam um aviso para se manterem à distância.
Ninguém, nos nossos tempos, talvez porque estou pensando em apuntes que tenho em minha posse, jamais apareceu nesta terra proveniente de qualquer outro lugar, com a mesma evidência com que Colombo desembarcou em San Salvador, ou como Hudson subiu o seu rio. Mas nas notícias de visitas clandestinas a esta terra, em tempos recentes, ou nos casos de emissários, talvez, de outros mundos, ou viajantes que tenham mostrado todas as intenções de fugir e evitar isto aqui, temos dados que são tão convincentes quanto os que dispomos acerca do petróleo ou superestruturas aéreas que queimam carvão.
Mas neste vastíssimo assunto, eu também deverei executar um vastíssimo trabalho de corte e desconsideração. Não vejo exatamente como poderia tratar totalmente do assunto do possível uso da humanidade por outro tipo de existência, ou ainda da lisonjeira ideia de que poderíamos valer alguma coisa.
Porcos, ocos e estúpidos.
Primeiro é preciso descobrir que somos possuídos.
Depois descobrir por que.
Acredito que, finalmente, sejamos úteis ... e que entre os reclamantes em luta, foi feito um acordo ou então que qualquer coisa tinha direitos legais sobre nós, obtidos com a força ou pagando com o equivalente dos colares de vidro aos nossos primeiros e mais primitivos proprietários, depois de ter advertido a todos os outros para que se afastassem - e que tudo isso é sabido há séculos por certos habitantes da terra, de uma seita ou ordem, por membros que se escondem de nós, ou que são superescravos ou controladores que nos dirigem segundo instruções recebidas... de seja lá onde for., pela nossa misteriosa utilidade.
Mas sustento que, no passado, antes que fosse estabelecida a propriedade, os habitantes de uma coorte de outros mundos desceram aqui, saltaram lá, flutuaram, velejaram, voaram, guiaram, caminharam cá embaixo, por seja qual for o motivo, quer tenham sido atirados, lançados, quer sozinhos ou em grupos enormes, que fizeram visitas ocasionais ou periódicas para caçar, para comerciar, para sortir seus haréns, para cavar minas, que não foram capazes de permanecer aqui, que fundaram colônias, que foram perdidas, gente ou coisas muito evoluídas, e gente, ou seja lá o que fossem, premitiva: brancos, negros, amarelos. . .
Tenho um dado muito convincente de que os antigos bretões eram azuis.
Naturalmente os antropólogos convencionais dizem que esses simplesmente se pintavam de azul, mas segundo nossa antropologia avançada, esses eram realmente azuis. . .
Annah ofPhilosophy, 14-51:
Indicação referente a menino azul nascido na Inglaterra.
E o atavismo.
Gigantes e fadas. Aceitamo-los naturalmente. Ou ainda, se nos jactamos de sermos tão terrivelmente avançados, não sei como poderíamos suster nossa presunção sem voltar muito para trás. A ciência de hoje... a superstição de amanhã. A ciência de amanhã... a superstição de hoje.”
Livro dos Danados (157-158) HEMUS,1978,SÃO PAULO
4-TENEBROSA CONCLUSÂO: PESCADOS POR ETS, ALIENS
“Um objeto donde pendiam redes ...
Um balão murcho donde pendiam redes ...
Uma super-xávega?
Um objeto que pescava com redes de arrasto acima de nós?....”
“Infiro
Acredito que somos pescados. Pode ser que em algum lugar existam super-epicuristas que se tenham em grande conta. Torna-me mais alegre saber que ainda podemos ser de alguma utilidade. Creio que muitas vezes tenham sido baixadas redes que foram substituídas por turbilhões de ar e trombas marinhas. Algumas notícias de aparentes estruturas nos turbilhões de ar e nas trombas marinhas são realmente assustadoras. E tenho dados que não posso examinar neste livro ... os desaparecimentos misteriosos. Creio que estivessem pescando. Mas esta é uma pequena observação colateral, refere-se aos intrusos, não é empregado o argumento que vez por outra retomarei ... isto é, o uso que faz de nós qualquer outro aspecto da existência que tem direitos legais sobre nós.”
Livro dos Danados (página 254) HEMUS,1978,SÃO PAULO
5-VULCANO, PLANETA DO SR. SPOOK
“Leverrier e o "planeta Vulcano". E sabei quanto servirá o repeti-lo.
Mas temos a impressão de um erro histórico, como, segundo pensamos, somente pode ser verificado na quase-existência.
Em 1859, o doutor Lescarbault, astrônomo amador de Orgéres, na França, anunciou ter visto, em 26 de março daquele ano, um corpo de dimensões planetárias atravessar frente ao sol. Temos pela frente algo que para o presente sistema é ímpio como eram os seus argumentos para o sistema que o precedera, como eram as calúnias contra os milagres do sistema precedente. Entretanto, são poucos os livros-texto que cuidam de esquecer disto, esquecer esta tragédia completamente. O método dos artistas do sistema é avançar prudentemente alguns exemplos ímpios e livrar-se deles depois. Se fosse desejável para eles negar que existem montanhas sobre a Terra, apresentariam algumas observações acerca de pequenas elevações nas vizinhanças de Orange, New Jersey, mas diriam que os campanários (Ver. NPL), se bem que digníssimos sob muitos aspectos, frequentemente se imiscuíam nas suas observações. Os livros-texto citam casualmente algumas das "supostas" observações de "Vulcano" e passam adiante.
Lescarbault escreveu a Leverrier, que se apressou para ir a Orgères...
Porque aquele anúncio se assemelhava aos seus cálculos, sobre um planeta entre Mercúrio e o Sol...
Porque este sistema solar nunca atingiu a positividade sob o aspecto da regularidade: ocorrem com Mercúrio, assim como Netuno, fenômenos que não se conciliam com as fórmulas, ou seja, movimentos que traem a influência de algo.
Diz-se que Leverrier se "mostrou satisfeito quanto à precisão substancial da observação referida". O relatório de sua investigação está publicado no Mon thly Notices, 20-98. Não ficaria bem ameaçar este pequeno feito ingênuo com as nossas rudes observações, mas é divertidamente parte da engenhosidade da era à qual sobreviveram os atuais dogmas. Lescarbault escreveu a Leverrier. Leverrier corre a Orgéres. Mas cuidou bem de não dizer a Escarbault quem era. Foi diretamente ao objetivo e "submeteu Lescarbault a um intenso contrainterroga-tório"... exatamente como alguém que aparecesse na casa de outrem e o colocasse sob tortura, sem que o torturado conheça o carrasco. E Lêverrier não revelou sua identidade, até que ficou satisfeito. Imaginou que Lescarbault tenha expresso seu estupor. Creio que haja algo utópico nisto: afinal, tão dessemelhante da burocrática eficiência da vida novaiorquina.
Leverrier deu o nome de "Vulcano" ao objeto a que Lescarbault se referira.
Com os mesmos recursos com os quais mesmo hoje, os fidelíssimos crêem que tenham descoberto Netuno, ele já havia anunciado a provável existência de um corpo intrãmercurial, ou grupo de corpos. Dispunha de cinco observações além da de Escarbault, em relação a alguma coisa que havia sido vista atravessando do Sol. De acordo com as hipnoses matemáticas de sua época, estudou estas seis passagens. E destas calculou os elementos que forneceram para "Vulcano" um período de cerca de 20 dias, ou seja, uma fórmula para a longitude heliocêntrica em qualquer momento dado.
Mas colocou a data para a melhor observação no distante ano de 1877.
Mas também assim, considerando que ainda tinha provavelmente um bom número de anos de vida, alguém poderia pensar que tivesse sido afetado por uma pressa um tanto excessiva - isto é, se não se está muito adiantado no estudo das hipnoses - e que, tendo "descoberto" Netuno com um método tão recomendável quanto os bens ex-cogítados métodos de outra época para identificar as feiticeiras, não correu riscos do mesmo género: e, se teve razão quanto a Netuno, mas tendo-se enganado quanto a Vulcano, a sua média ainda estaria muito acima da maioria dos adivinhos os quais não poderiam certamente pensar em agir na base de cinquenta por cento de êxito... tudo isto é o raciocínio de um principiante no campo da hipnose.
A data:
22 de março de 1877:
O mundo científico estava todo apoiado sobre as patinhas traseiras, e com o nariz voltado para o céu. O acontecimento, afinal, havia sido expresso de maneira tão honorável. Jamais um papa havia pronunciado algo com maior sentido de finalidade. Contavam-se seis observações, em que outra coisa se poderia acreditar? O diretor de Nature, uma semana antes do evento previsto, ainda que com cautela, disse que era difícil explicar como seis observadores, que não se conheciam, tivessem podido ter dados que puderam ser expressados em fórmulas, se não houvessem ocorrências coligadas.
Num certo sentido, é neste ponto que se verifica a crise de todo nosso livro.
As fórmulas estão contra nós.”
Livro dos Danados (190-191) HEMUS,1978,SÃO PAULO
6-LUZES NA LUA
“Corpos que apareceram como corpos escuros e luzes que podem ter sido reflexos solares sobre objetos, massas ou construções inter-planetárias.
Luzes que foram vistas sobre a Lua ou nas vizinhanças desta...
Em Philosophical Transactíons, 82-27, existe o relato de Herschel relativamente a muitos pontos luminosos que vira na Lua, ou nas vizinhanças da Lua, durante um eclipse. Porque eram luminosos enquanto a própria Lua estava escura, criaram um mar de vociferações... Além disso mais tarde aceitaremos, ou não aceitaremos, que muitas vezes, de noite, tenham sido vistos objetos luminosos na vizinhança da Terra.
Mas a numerosidade é uma nova perturbação para nossas explorações.
Um novo aspecto acerca dos habitantes ou dos ocupantes do cosmo...
Hordas de mundos, ou seres - talvez alados - não me espantaria se acabassem descobrindo anjos ou seres sobre a máquina... naves de viajantes celestes...
Em 1783 e em 1787, Herschel refere-se a outras luzes sobre a Lua ou nas vizinhanças desta, que supôs fossem de origem vulcânica.
As palavras de um Herschel acerca de divergências da ortodoxia não tiveram mais peso que as de um Lescarbault. Estas observações encontram-se entre aquelas condenadas ao esquecimento.
Manchas luminosas vistas sobre a Lua em novembro de 1821
(Proc. LondonRoy. Soe., 2-167).
Para outro exemplo, veja-se Loomis (Treatisc on Astronomy, pg. 174).
Uma luz. móvel foi relatada em Phil. Trans., 84-429. Ao redator pareceu uma estrela que passasse sobre a Lua." "o que, pensando logo em seguida, pareceu-lhe impossível". "Era uma luz fixa e firme sobre a parte sombria da Lua". Acredito que a palavra "fixa" seja muito atraente.
No Report of the Brit. Assoe., 1847-18, há uma observação de Rankin, acerca de pontos luminosos na sombra da lua durante um eclipse. Ao observador essas assemelharam-se a reflexos de estrelas; ainda que, no Annual Register' 1821, 687, temos uma luz que não é referida a uma estrela... porque se move com a Lua," foi vista por três noites em seguida - referência oriunda do Cap. Kater. Veja Quart. Journ. Roy. Inst. 12-133.
Phil Trans., 112-237:
Informe do Observatório da Cidade do CABO: Mancha branca foi vista no bordo da Lua, na parte obscura. Foram, vistas ainda três luzes pequenas.
A solicitação da positividade no seu aspecto de unicidade, homogeneidade, unitariedade e completude... eu mesmo o sinto nos dados que estão chegando. Um Leverrier estuda mais de vinte observações. E sente-se uma inclinação irresistível de pensar que estes são ressumados num único fenómeno. E uma forma de inclinação cósmica. A maior parte das observações é tão irreconhecível frente a ideias diversas daquelas dos mundos dirigíveis não dotados de órbita, que fecha os olhos frente a mais de dois terços desses, na escolha sei que lhe podem dar a ilusão da completude, ou ainda que todos se refiram a um mesmo planeta.
Ou admitimos ter ainda muitos dados acerca de corpos escuros... sentimo-nos irresistivelmente inclinados a pensar num deles como chefe.
Corpos escuros que flutuam ou navegam no espaço interplanetário... e eu concebo um deles como o Príncipe dos Corpos Obscuros.
Melanicus.
Uma enorme coisa negra com asas de supermorcego, ou uma superestrutura negra, provavelmente um dos esporos do Maligno.
O extraordinário ano de 1883.
O Times de Londres de 1883, 17 de dezembro:
Extrato de uma carta de Hicks Pashaw: em 24 de setembro de 1883 no Egito, vira com um binóculo "u'a imensa máquina negra na parte inferior do Sol".
U'a máquina solar, portanto.
Uma noite um astrónomo estava perscrutando os céus, quando algo obscureceu uma estrela por três segundos e meio. Na vizinhança foi visto um meteoro, mas sua esteira foi apenas momentaneamente visível. O doutor Wolf era um astrónomo (Nature, 86, 528).
O dado seguinte é um dos mais extraordinários em nossa posse esquecendo-se de que não há muito nisso. Um objeto escuro foi visto pelo professor Heis, mover-se através da Via-láctea por onze graus dearco (Catálogo de Greg. Rept. Brit. Assoe,, 1867-426).
Uma das nossas quase-razões para aceitar que os mundos sem órbita sejam dirigíveis é a quase absoluta falta de dados acerca de colisões:
Naturalmente, mesmo que desprezando a gravidade, pudessem, sem a intervenção humana, regular sua posição recíproca como acontece para os vértices nos anéis de fumaça... sistema muito similar ao humano, de qualquer modo. Mas em Knowledge, fevereiro de 1894, aparecem duas fotografias do cometa de Brooks que são mostradas como prova de uma aparente' colisão com um objeto escuro, em outubro de 1893. A nossa opinião é de que "tenha se chocado contra alguma coisa". A do prof. Barnard é de que "entrou numa substância densa que a estraçalhou". Quanto a mim, creio que se chocou simplesmente contra um campo de gelo.”
7-SUPERMORCEGO NA LUA
“Science, 31 de julho de 1896;.
Segundo a notícia de um jornal, o senhor W.R. Brooks, diretor do Observatório Smith, viu um objeto escuro e redondo passar lentamente frente à lua, horizontalmente. Segundo Brooks, tratava-se de um meteoro escuro. Em Science de 14 de setembro de 1896, um correspondente escreve que, segundo ele, poderia ser um pássaro. Não vemos nenhuma objeção no ponto de fusão entre meteoros e pássaros se temos observações de longa duração e calculamos dimensões distantes centenas de milhas. Quanto ao corpo visto por Brooks, há uma nota do astrónomo holandês Muller, no Scientífic American, 75-251, que a 4 de abril de 1892 observou um fenômeno análogo. Em Science Gos-sip, n°s. 3-135, existem outros detalhes relativos ao objeto de Brooks - o diâmetro aparente era de cerca de trinta avos daquela da Lua e tinha atravessado o disco lunar em três ou quatro segundos. O autor, em Science Gossip, diz que a 27 de junho de 1896, a uma da manhã estava observando a Lua com um telescópio acromático de duas polegadas (cinco centímetros), com 44 aumentos, quando um longo objeto negro passou diante dele de oeste para este e a passagem demorou 3 ou 4 segundos. Achou que o objeto era um pássaro... porém nesse não foi visível nenhum movimento similar ao bater de asas.
Em Astronomische Nachrichten, n9 3477, o doutor Brendel de Griefswald, na Pomerânia, escreve que o diretor do Escritório Postal,
Livro dos Danados (200-201) HEMUS,1978,SÃO PAULO
8-OBJETOS NA LUA, E DIANTE DO SOL
“Ziegler, e outras testemunhas observaram um corpo com diâmetro de cerca de 6 pés (1,8 metro) atravessar o disco solar. A duração indica algo distante da Terra e também distante do Sol. Esta coisa foi observada um quarto de hora antes que atingisse o sol. O tempo decorrido durante a travessia do sol foi de uma hora aproximadamente. Depois de ter passado diante do Sol, foi visível ainda por uma hora.
Penso que se trata de um enorme vampiro negro que por vezes se põe a refletir acerca da Terra e de outros mundos.
Comunicação do doutor F.B. Harris (Popular Astronony, 20-398).
Noite de 27 de janeiro de 1912, Harris viu, sobre a Lua, "um objeto intensamente negro". Calculou que tivesse 50 milhas de comprimento e 50 de largura (400 km por 80), "O objeto assemelhava-se absolutamente a um corvo." As nuvens interromperam a seguir a observação.
O dr. Harris escreve:
"Não posso deixar de pensar que aconteceu um fenómeno mui- / to interessante e curioso"...
Livro dos Danados (página 203) HEMUS,1978,SÃO PAULO
9-SUPERZEPELLIN NO ESPAÇO
“Segundo o Annual Register, 9-120, 9 de agosto de 1762, o senhor de Rostan de Basle, na França, estava medindo a altura do Sol em Lausane quando viu um enorme corpo fusiforme, do tamanho de três índices solares e do comprimento de nove atravessar lentamente o disco solar "a não mais da metade da velocidade com que se movem as manchas solares usuais". Não desaparece até 7 de setembro quando atinge a borda do Sol. Pela sua forma de fuso, estou inclinado a pensar que se tratasse de um Super-Zepellin, mas uma outra observação parece indicar que se tratava de um mundo que, ainda que fosse opaco e "tivesse eclipsado o Sol" tinha em torno de si nebulosidade... ou atmosfera? Uma penumbra seria normalmente a indicação de u'a mancha solar, mas existem observações que mostravam que este objeto se encontrava e considerável distância do Sol.
É indicado ainda um outro observador, em Paris, que observava naquele mesmo período, o Sol, mas que não observou o objeto.
Mas o senhor Croste, em Soleil, a cerca de 45 léguas alemãs (250 km) ao norte de Lausanne, viu-o e descreveu-o como sendo fusiforme, mas sem entrar em concordância relativamente às dimensões. Depois vem o ponto importante: que ele e Rostan não o viram na mesma parte do Sol. Há então uma paralaxe, e, conjugando-se-a a invisibilidade a partir de Paris, é uma grande paralaxe... ou ainda significa que no decurso de um mês de verão do ano de 1762, um grande corpo opaco e fusiforme atravessou o disco solar, mas a uma grande distância do Sol. Quem escreveu a respeito no Register disse: "Numa palavra, não conhecemos nada a que recorrer, entre os objetos celestes, para explicar este fenómeno".
Livro dos Danados (página192-193),HEMUS,1978,SÃO PAULO
10-RODAS LUMINOSAS SOBRE OS MARES DA TERRA
“Knowledge, 28 de dezembro de l 883:
"No momento em que vi aparecerem tantos fenômenos meteorológicos em vossa excelente revista Knowledge, tenho tentado encontrar uma explicação para o seguinte fenómeno que verifiquei a bordo do vapor Patha, da British índia Company, enquanto atravessava o Golfo Pérsico. Numa noite escura de maio de l 880, por volta das 11,30 da noite apareceu repentinamente de cada lado do navio uma enorme roda luminosa girando, cujos raios pareciam roçar as amuradas. Os raios deveriam medir 200 ou 300 jardas (180 ou 270 metros) e se assemelhavam a chicotes de bétula que são empregadas nos colégios femininos. Cada roda comportava dezesseis raios aproximadamente e ainda que as rodas devessem ter um diâmetro de 500 ou 600 jardas (450 ou 540 m), os raios eram visíveis em todas as direcões. O fulgor fosforescente assemelhava flutuar na superfície marinha, nenhuma luz era vista no ar acima d'água. O aspecto dos raios poderia ser quase exatamente representado por alguém em pé sobre uma barca e fazendo girar ao redor uma lanterna com um movimento horizontal sobre a superfície das ondas. Posso recordar, por outro lado, que esse fenômeno foi observado pelo capitão Avern do Patna e pelo senhor Manning, terceiro oficial.
Lee Fore Brace.
P. S. - As rodas seguiram o navio ao longo de sua rota por cerca de vinte minutos. LBF."
. Knowledge, 11 de janeiro de l 884:
Carta de "A. Mc. D.":
"Aquele 'Lee Fore Brace', 'que faz aparecerem tantos fenómenos meteorológicos em vossa excelente revista1, deveria ter assinado 'O Moderno Ezequiel', porque a sua visão de rodas é tão fantástica quanto a daquele profeta". - O autor da carta considera então as medidas fornecidas e calcula a velocidade sobre a circunferência da rota (círculo máximo) em cerca de 166 jardas por segundo (quase 149 metros por segundo), velocidade que considera evidentemente incrível. Continuando: "Dado o pseudónimo que usa poder-se-ia deduzir que o vosso correspondente tem o hábito de 'navegar sem rumo'. Pede depois permissão para sugerir sua própria explicação. Isto é que antes das onze e meia da noite haviam ocorrido numerosas avarias no cordame do mastro principal, e que foram dados tantos nós, que qualquer raio de luz teria assumido movimento rotatório ...
Em Knowledge, 25 de janeiro de l 884, o sr. "Brace", responde e assina "K. W. Ro.bertson":
"Não creio que A. Mc. D. o faça com maldade, mas creio que seja pelo menos injusto afirmar que um homem está embriagado só porque vê alguma coisa fora do normal. Se há algo de que me jacto é o poder dizer que em toda minha vida, nunca concedi a mim mesmo beber nada mais forte que a água." Depois deste curioso motivo de orgulho, ele continua dizendo que não quis ser preciso, mas apenas dar suas impressões acerca das dimensões e velocidade. E conclui com amabilidade: "Não há ofensa, onde não creio que tenha havido malícia".
A esta carta, o sr. Proctor acrescenta uma pequena nota, desculpando-se pela publicação da carta de A, Mc. D., ocorrida por erro. Mas depois, o próprio sr. Proctor escreve uma outra carta desagradável, sobre uma outra pessoa ... de resto, o que se poderia esperar que acontecesse na quase-existência?
A explicação óbvia deste fenómeno é que, sobre a superfície do mar do Golfo Pérsico, existia uma enorme roda luminosa e que a luz proveniente de seus raios submersos é que foi vista pelo sr. Robert-son como oriunda do alto. Parece-me claro que esta luz era projetada por um foco submarino. Mas à primeira vista, não é muito claro como enormes rodas luminosas, cada uma das dimensões de um país, se tenham encontrado sob a superfície do Golfo Pérsico; e também pode haver alguma perplexidade quanto ao que estariam fazendo lá embaixo.
Um peixe das profundezas e sua adaptação a um meio denso ...
Ou seja, que ao menos em algumas regiões aéreas há um meio denso até ser gelatinoso ...
Um peixe das profundezas trazido à superfície do oceano: num meio relativamente ténue, se desintegra ...
Superconstruções adaptadas a um meio denso no espaço inter-planetário ... por vezes, submetidas a esforços de diversas naturezas, é impelida à ténue atmosfera terrestre ...
Mais tarde teremos dados para defender isto: que as coisas que entram pela atmosfera terrestre se desintegram e resplendem com uma luz que não é a luz da incandescência, resplendem com uma luz brilhante, ainda que fria ...
Enormes superestruturas com forma de roda ... entram na atmosfera terrestre e ameaçadas pela desintegração, mergulham, como último recurso, no oceano, ou seja, num meio mais denso.
Naturalmente, os requisitos que temos na nossa frente, agora, são:
Não apenas dados, de enormes superestruturas que tenham aliviado os seus tormentos no oceano, mas dados de rodas enormes que tenham sido vistas no ar ou quando entravam no oceano, ou saíam do oceano e continuavam as suas viagens.
Muito genericamente, ocupar-nos-emos dos enormes objetos flamejantes que ou mergulharam no oce'ano ou surgiram dele. Nossa opinião é que se a desintegração pode intensificar-se na incandescência, além da desintegração e sua provável incandescência, as coisas que entram na atmosfera terrestre têm uma luz fria que, ao contrário da luz proveniente da matéria fundida não seria apagada instantaneamente pela água. Parece-me também aceitável que uma roda girante, á distância tenha o aspecto dum globo e que uma roda girante, vista relativamente de perto, assemelhe-se sob alguns aspectos a uma roda. Pontos comuns entre os raios esféricos e os meteoritos não representam dificuldade para nós: nossos dados referem-se a corpos enormes...
Então daremos uma explicação... e que importa?
Nosso comportamento em todo este livro: São dados extraordinários que não seriam jamais exumados e reunidos a menos que...
Eis os dados:
O primeiro concerne a algo que foi visto certa feita penetrar o oceano. Informação proveniente de uma publicação, puritana Science que ofereceu pouco material e que como a maior parte dos puritanos não se dá muito a chinfrinadas. Como quer que tenha sido, tive a impressão de enormidade e de u'a massa muitas vezes maior do que aquela de todos os meteoros de todos os museus juntos: e de relativa lentidão, ou seja, como longo aviso prévio antes de sua aproximação. O artigo em Science 5-242 é fundamentado num informe enviado ao Escritório Hidrográfico em Washington da filial de São Francisco:
À meia noite de 24 de fevereiro de 1885, a 37° de latitude norte 170° de longitude leste, isto é, um ponto impreciso entre Yoko-hama e Victoria, o capitão do bergantim Innerwich foi despertado pelo seu imediato que havia visto algo insólito no céu. Isto deve ter tomado algum tempo. O capitão saiu à ponte e viu o céu inflamado de vermelho. "De súbito, uma enorme massa de fogo surgiu sobre o bergantim ofuscando completamente os espectadores." A massa flamejante caiu no mar. As suas dimensões podem ser avaliadas pelo volume' de água que ergueu ao ar e que se disse ter se dirigido contra a nau com rumor definido como "ensurdecedor". O bergantin foi atingido em cheio e sobre ela "passou um mar de espuma ululando". "O mestre, um velho e provecto marinheiro, declarou que aquele terrível espetáculo estava além de qualquer descrição."
Em Nature, 37-187, e L'Astronomie, 1887-76, é dito que um objeto descrito como "enorme bola de fogo" foi visto surgir do mar perto do cabo Race. Foi dito que se elevou a 50 pés (cerca de 17 m) de altura, e depois se aproximou da nau para depois girar e afastar-se permanecendo visível por 5 minutos. A suposição^ de Nature é que se tratava de um "raio esférico", mas Flammarion em Thunder and ligh-tining, pág. 68, diz que era enorme. No MeteorologicalJoumal americano, 6-443, há pormenores quanto a um vapor inglês, o Siberian, que a 12 de novembro de 1887 avistou um objeto que se movia "contra o vento" antes de desaparecer. O capitão Moore afirmou já ter assistido antes àqueles fenómenos perto do mesmo local.
Report ofthe British Association, 1886-30:
A 18 de junho de 1845 segundo Malta Times, foram vistos sair do mar três corpos luminosos a cerca de meia milha (800 m) do bergantim Victoria, que se encontrava a cerca de 900 milhas (mais de 1400 km) de Adalia, na Ásia Menor (369 40' 56", latitude norte e 139 44' 36" longitude leste). Permaneceram visíveis durante cerca de dez minutos.
Sobre este acontecimento não mais se fizeram indagações, mas . ajuntaram-se-lhe outros relatos, como de comum acordo que pareciam mais serem outras observações sobre o mesmo espetáculo sensacional, e que foram publicados pelo prof. Baden-Powell. Uma é uma carta de um correspondente de Mount Lebanon. Este descreve apenas dois corpos luminosos. Suas dimensões pareciam ser cinco vezes a da Lua: cada um deles era dotado de apêndices, ou eram unidos a partes que são descritas semelhantes a "velas ou bandeirolas", e pareciam "grandes bandeiras agitadas por vento ligeiro". O ponto importante não é só a estrutura mas a duração. A duração dos meteoros é de alguns segundos: uma duração de quinze segundos já é notável, mas creio haver casos em que se chegou a meio minuto. Este objeto, se é que era único, foi visível de Mount Lebanon durante cerca de uma hora. Circunstância interessante é que os apêndices não pareciam com o rastro de um meteoro que brilha com luz própria "mas pareciam resplender com a luz emitida pelo corpo principal".
A cerca de 900 milhas (1400 km) a oeste da posição do Victoria estava a cidade de Adalia na Ásia Menor. Pela hora da observação referida pelo capitão do Victoria estava em Adalia o Rev. F. Hawlett, Fel-low of the Royal Astronómica! Society, também ele observou esse espetáculo e enviou um relatório ao prof. Baden-Powell. Segundo seu ponto de vista tratava-se de um corpo que apareceu e depois desapareceu. Calcula sua duração entre 20 minutos e meia hora.
No Report of the British Association, 1860-82, o fenómeno foi assinalado na Síria e em Malta como composto por dois grandes corpos "quase unidos".
Rept. Brit. Assoe. 1860-77:
Em Cherbourg na França, a 12 de janeiro de 1836, foi avistado um. corpo luminoso cujas dimensões aparentes eram de dois terços da Lua. Parecia girar em torno de um eixo. Em seu centro parecia haver uma cavidade obscura.
Para outros relatos, todos indefinidos, mas transformáveis em dados de objetos celestes, em forma de roda, ver Nature, 22-617; ou Times de Londres de 15 de outubro de 1858; Nature, 21-255; Mon-thly WeatherReview, 1883-264.
L'Astronomie, 1894-157:
Na manhã de 20 de dezembro de 1893, muitas pessoas observaram uma visão no céu da Virgínia, da Carolina do Norte e da Carolina do Sul. Um corpo luminoso passou por sobre a sua cabeça de oeste para leste, até que a cerca de 15 graus do horizonte oriental pareceu permanecer imóvel por quinze ou vinte minutos. Segundo algumas descrições tinha as dimensões de u'a mesa. A alguns observadores pareceu uma enorme roda. A luz era de um branco brilhante. Não se tratava de uma ilusão de óptica, é claro... de fato, ouviu-se o ruído de sua. passagem no ar. Depois de ter permanecido estacionário, ou pelo menos aparentando imobilidade, por quinze ou vinte minutos, desapareceu, ou explodiu. Não se ouviu entretanto o ruído de nenhuma explosão.
Enormes construções em forma de roda.
Estas são particularmente adequadas para rolar através de um meio gelatinoso de um planeta para outro. As vezes, por um erro de cálculo, ou devido a tensões de vários géneros entram na atmosfera terrestre, correm o risco de explodir e devem imergir no mar. Permanecem um pouco no mar, girando com relativa tranquilidade, até que se recompõem e então emergem por vezes nas proximidades de navios. Os marinheiros contam aquilo que vêem: seus relatos são ensaibrados nos obitórios da ciência. Digo que geralmente a rota destas estruturas localizam-se por latitudes que não se afastam muito daquelas do Golfo Pérsico.
Journal of the Royal Meteorológica! Society, 28-29:
A 4 de abril de 1901, por volta de 8,30, no Golfo Pérsico, o Capitão Hoseason, do vapor Kilwa, segundo memória lida diante da Associação do Capitão Hoseason, estava navegando num mar em que não havia nenhuma fosforescência... "não havia nenhuma fosforescência na água".
Creio que devo repeti-lo:
"... não havia nenhuma fosforescência na água." >
Repentinamente apareceram enormes feixes de luz... que o capitão chama "onda de luz". Da.superfície do mar, um feixe para o alto. Mas era apenas uma luz fraca e num período de quinze minutos se extinguiu: depois de ter aparecido repentinamente, apagou-se gradualmente. Os feixes giravam a uma velocidade de cerca de 60 milhas por hora (96 km/h).
As medusas fosforescentes se correlacionam com a. Velha Dominante; em uma das mais heróicas composições de exclusões da nossa experiência, durante a discussão da relação do capitão Hoseason, convencionou-se que o fenómeno era provavelmente devido às pulsações de longas filas de medusas.
Nature, 21-410:
Reprodução de uma carta de R. E. Harris, comandante do vapor Shahjehan da A.H.N.Co. enviada ao jornal Englishman de Calcutta, 21 de junho de 1880:
A 5 de junho de 1880, ao longo da costa de Malabar, às dez da noite, enquanto o mar estava tranquilo e o céu límpido, tinha avistado algo de estranho a tudo que tinha visto até então em seu navio e tinha visto algo que descreve como ondas de luz brilhante com espaço vazio no interior. Sobre a água flutuavam manchas de uma substância que não fora identificada. Pensando em termos de explicação convencional de toda a fosforescência marinha, o capitão inicialmente sentiu dúvidas relativamente àquela substância. Entretanto, segundo ele, não fornecia nenhuma iluminação, mas, corno o resto do mar, estava sendo iluminada por tremendos feixes de luz. Fosse a descarga densa e oleosa de um motor de uma estrutura submersa ou não, creio que deverei aceitar a concomitância entre uma coisa e outra, luz e substância, devido a outro apunte. "Enquanto uma onda sucedia a outra, assistiu-se a um dos mais grandiosos e brilhantes, e solenes, espetáculos que jamais se poderia imaginar."
Jour. Roy. Met. Soe., 32-380:
Estrato de uma carta do Sr. Douglas Carnegie, de Blackheath, na Inglaterra. Data imprecisa, no ano de 1906...
"Durante esta última viagem, assistimos a um estranho e extraordinário espetáculo elétrico." No Golfo de Oman, viu um banco de fosforescência claramente imóvel; mas a cerca de 20 jardas (18 m) "raios de luz brilhante começaram a varrer a proa do navio a uma velocidade situada entre 60 e 20 milhas por hora. Estas placas de luz distavam cerca de 20 pés (7 m) uma da outra e eram absolutamente regulares". Quanto á fosforescência... "recolheu um pouco d'água e examinou-a com o microscópio, mas não conseguiu distinguir nada de anormal", Os raios de luz provinham de alguma coisa submarina... "Inicialmente percorreram os flancos no navio e observou-se que a passagem do navio não perturbava os feixes de luz, destacaram-se do flanco oposto do navio, como se tivessem atravessado o barco."
O Golfo de Oman encontra-se na embocadura do Golfo Pérsico.
Jour. Roy. Mel. Soe., 33-294:
Extraio de uma carta do Sr. S.C. Patterson, segundo oficial do vapor Delta da P & O; uma cena que o Journal continua definindo como fosforescente:
Estreito de Malacca, duas horas da manhã, 14 de março de 1907:
"...raios que pareciam mover-se em torno de um centro - como 'js raios de uma roda - e que pareciam ter 300 m de comprimento". O fenómeno durou meia hora, durante o qual o navio percorrera seis ou sete milhas (9,6 a 11,2 quilómetros). De repente, parou.
L'Astronomie, 1891-312:
Um correspondente que em outubro de 1891, no Mar da China tinha visto feixes ou lâminas luminosos que tinham o aspecto de raios de um refletor e que se moviam como tais.
Nature, 20-291:
Relatório ao Almirantado pelo capitão Evans, Hidrógrado da Marinha Britânica:
O comandante J. E.Pringle, da//. M. S. Vulture, afirmou que em 15 de maio de 1879, a 269 26' de latitude norte e 539 11' de longitude sul, no Golfo Pérsico, tinha observado ondas luminosas ou pulsações na água que se moviam em grande velocidade. Desta feita temos um dado preciso acerca de sua origem submarina. Afirma-se que estas ondas luminosas passaram sob o Vulture. "Olhando para o leste, observava-se uma espécie de roda girante com o centro naquela posição e cujos raios estavam iluminados; olhando para o oeste aparecia outra roda em rotação, mas em sentido oposto." E finalmente quanto à imersão... estas ondas de luz estendiam-se pela superfície a partir de debaixo d'água. A opinião do comandante Pringle é que os raios constituíam uma única roda e a duplicação se devesse a apenas uma ilusão. Acredita que os raios tivessem cerca de 25 pés (8 m) de amplitude e o espaço vazio cerca de 100 (33 m). Velocidade - cerca de 84 milhas horárias (135 km/h) Duração: cerca de 35 minutos, A hora: 9,40 da noite. Antes e depois desta ocorrência o navio havia passado por manchas de substância flutuante descrita como "ovas oleosas de peixe".
Na página 428 de Nature, E.L. Moss diz que em abril de 1875, enquanto se encontrava a bordo de H.M.S. Bulldog, algumas milhas ao norte de Vera Cruz, tinha visto uma série de rápidas linhas luminosas. Tinha apanhado um pouco de água e tinha descoberto, nela, animais microscópicos, que entretanto, não explicariam o fenómeno da formação geométrica e da alta velocidade. Se se refere a Vera Cruz, no México, este é o único caso que temos distante das águas orientais.
Scientific American; 106-51.
No National Meteorological Annual, publicado pelo Instituto Meteorológico Dinamarquês, há uma relação acerca de um "fenómeno singular" que foi observado pelo capitão Gabe do vapor Bintang da Danish East Asiatic Co. As 3 da manhã de 10 de junho de 1909, enquanto atravessava o Estreito de Malacca, o capitão Gabe viu uma enorme roda de luz girante apoiada na água... "longos braços se espalhavam a partir de um centro em torno do qual parecia girar todo o sistema". Tão enorme era a visão que só era possível ver metade dela por vez, Uma vez que o centro se encontrava nas proximidades do horizonte. Este espetáculo durou quase um quarto de hora. Não fomos claros até aqui no importante ponto que os movimentos à frente desta roda não eram conformes, isto é, síncronos, com os movimentos do navio e os monstros da exclusão, ou melhor, os lugares comuns da exclusão, poderiam tentar assimilá-lo com as luzes de um navio. Desta vez afirmaram que a enorme roda movia-se para a frente diminuindo de luminosidade e, por outro lado, de velocidade de rotação, parando finalmente quando o centro estava localizado frente à nave... eu explicaria isto dizendo que a fonte da luz tinha começado a imergir sempre mais e a diminuir a velocidade porque a resistência aumentava sempre.
O Instituto Meteorológico Dinamarquês refere ainda um outro caso:
Enquanto se encontrava no sul do Mar da China, à meia-noite de 12 de agosto de 1910, o capitão Breyer, do vapor holandês Valentiin viu uma rotação de luzes. "Parecia uma roda horizontal que girava rapidamente." Desta feita afirmou-se que o fenómeno ocorria na superfície do mar. "O fenómeno foi observado pelo capitão, mas o segundo oficial e o terceiro e o chefe das máquinas, e a todos, chegou uma sensação de mal-estar."
Em geral se a posição que assumimos não é imediatamente aceitável, recomendamos àqueles cjue se opõem a nós que considerem a ubiquação - com uma única exceção - deste fenómeno, no Oceano Indico e águas adjacentes, ou no Golfo Pérsico de uma parte e no Mar da China de outra. Ainda que sejamos Intermediaristas, a atração de uma tentativa de Positivismo, sob o aspecto da Completude, é irresistível. Afirmamos que somente sob alguns aspectos as rodas flamejantes suspensas no ar tinham o aspecto de rodas flamejantes, mas se aceitamos isto, deveremos ter observações sobre um número enorme de rodas chamejantes, não interpretáveis como ilusões de óptica, mas como enormes coisas concretas que romperam a resistência da matéria e foram vistas afundando no oceano.
Athenaeum, 1848-833:
Na reunião da Briíish Association de 1848, Sir. W.S. Harris disse ter registrado uma notícia que lhe havia sido enviada acerca de um navio na direção do qual tinham ido girando "duas rodas de fogo, que os marinheiros descreveram como semelhantes a pás de moinho, compostas de fogo". "Quando estavam próximas ouviu-se um terrível chiado, os mastros principais estiveram em vias de quebrar, tremendo". Afirmou-se que um forte cheiro de enxofre se fez sentir.”
O Livro dos Danados (260-268),HEMUS,1978,SÃO PAULO
Há algumas crenças generalizadas e cultivadas, que demonstram claramente como estamos perdidos, equivocados e iludidos num mundo aparentemente desconhecido, predador e hostil. Aliás, também nós , seres humanos, somos criaturas predadoras e hostis, e não sabemos realmente o que somos na Natureza.Num momento de incertezas para os bilhões de habitantes do planeta, que optaram em viver na competição da selva de fato, para a selva urbana do capitalismo, criando nosso inferno particular, ocupando todos os espaços, derrubando florestas, aterrando e poluindo as águas, matando e exterminando os outros animais, esgotando os recursos naturais. Somos brindados com terremotos, ondas gigantes, chuvas e alagações daqueles lugares que nunca deveriam ter sido ocupados com habitações, como acontece principalmente no Brasil, na Ásia e até mesmo em sociedades ricas do primeiro mundo, na Europa, vitimando os aglomerados urbanos, em sua maioria uma população de baixa renda, o que popularmente chamamos de “pobres”, os deserdados da riqueza acumulada nas mãos de uma minoria burguesa, inconscientemente cruel. Perdemos realmente o sentido das coisas e só resta um grande vazio existencial preenchido com muito circo: futebol, cinema, músicas, novelas, fofocas e shows de religiosidade equivocada, em nome de um Homem-Deus, inventado pelos asiáticos, sumerianos e egípcios com seus Faraós, sacramentado pelo decadente Império Romano,que re-inventaram esse culto.
As crenças equivocadas aparecem ao longo desses dois mil anos de Cristianismo, uma variedade enorme de cultos evangélicos. Bares e templos religiosos nas esquinas, se multiplicam a cada dia, os supermercados da fé oferecendo a salvação, o que acreditam como “reino dos céus”, ou sobrevivência da “alma” ao lado de Deus em algum lugar do Universo, incentivados pelos vendilhões da salvação, ao toque de caixa das ofertas e dízimos. Afinal, no que acreditamos: um Deus criador de tudo, o Universo, as galáxias, um ser Absoluto, ou um Deus pessoas, capaz de ouvir os lamentos de uma humanidade e fazer “milagres” e se preocupar com seres tão mesquinhos e hostis?A invenção do monoteísmo começa no Egito com um Faraó, que aliás era considerado como um deus vivo, que resolveu adorar o sol, como única divindade. Adorar o sol como divindade foi também uma prática em algumas regiões da Europa, antes do Cristianismo. É lá do Egito que os Hebreus antigos forjam o mito do deus único sob a liderança de Moisés, uma figura historicamente misteriosa, pois tinha conhecimentos de magia aprendida nos templos, pois era filho adotado da filha do Faraó. Foi esse deserdado do trono, dos Faraós do Egito, que reuniu as tradições orais e escritas, desde o caldeu Abrão, e escreveu em forma linear, desde a criação do mundo até a êxodo do Egito, os fundamentos das três grandes religiões do monoteísmo: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Moisés inventou um Deus prático, sem forma e sem nome, “é, o que é” e acabou a história. O resto e seguir um corpo de sacerdotes e praticas religiosas, pagar o dízimo, guardar o sábado, muito prático para um povo também prático e racionalista, bem sucedidos no mercado financeiro contemporâneo.
Para os mercenários da fé, e os sacerdotes da religião do Império Romano desaparecido, Deus Pessoal, Homem-Deus ou Filho de Deus, e Deus Absoluto, e tudo a mesma coisa, a divindade suprema. Adorar um homem como Deus não é novidade, nem invenção dos romanos. Dizer que Deus se comunica com os profetas e protege um povo eleito em particular, escolhido desde o caldeu Abrão, também não é uma invenção dos Hebreus, pois cada povo cultivava um ou vários deuses em particular. O assombroso de tudo isso é que adotamos a crença dos hebreus, via Cristianismo, satanizando outras crenças como malignas. Deixamos de lado a cultura religiosa dos povos da Europa, do continente Americano e da África, que foram doutrinados pelos sacerdotes de Roma. Para piorar as coisas, a Reforma provocada por Lutero, Calvino e outros, a partir da Alemanha, quando o capitalismo começava surgir como um modelo dominante, em plena acumulação do capital, o Cristianismo Romano virou um Cristianismo “Evangélico”, com ofertas para todos os gostos. Todas as contradições permanecem com a diferença que não aceitam a autoridade de um Papa e padres celibatários.
Permanece a mesma idéia do cordeiro sacrificado num ritual para salvar ou ajudar, ou obter um favor de um deus, vinda lá da Antiguidade, da mesopotâmia. Assim, Deus enviou seu único filho para ser morto em sacrifício pelos homens para salvar a humanidade dos seus pecados, descer aos infernos, como fez o grego Orfeu, para libertar os justos, ressuscitou como o Deus egípcio Osíris, e subir aos céus, como fez o profeta Elias. Eis aí, o culto do Homem-Deus Jesus, que deveria ter mantido de pé o Império Romano. O primeiro fracasso do Cristianismo foi a fim do Império Romano, e segundo, não ter acabado com as guerras entre povos que se dizem cristãos, não evitando duas grandes guerras mundiais e a ganância de um burguesia insaciável.
Mas as pessoas acreditam, como os egípcios, em homens divinizados, adorando um homem como Filho de Deus. Também isso não é original, pois Krishina dos hindus foi a Personalidade de Deus vivendo como homem na Terra, morre e volta para o mundo dos deuses. Como isso se tornou possível?
Por conta das contradições, um exército de ateus cresce a cada dia no mundo Ocidental, com justa razão. Os primeiros a discordar do Deus único de Moisés, foram exatamente as pessoas que viveram na época de Jesus, o mesmo que foi transformado em Deus pelos romanos. Talvez pelo encontro de várias culturas, egípcia, grega, romana, e claro, os judeus, a grande biblioteca de Alexandria, um caldeirão cultural. A partir daí, surgem historicamente cruzamentos de associações de idéias entre gregos e judeus, e grupos dissidentes do judaísmo. Aparecem os gnósticos, que buscam um conhecimento interior e um Deus, também interior. O Deus criador do Jardim do Éden, construtor e grande arquiteto do universo, é identificado como um Demiurgo sombrio e cego, que demonstra um desprezo pelos humanos expulsando Adão do “paraíso”, por desobediência, e afogando seus descendentes num dilúvio, talvez pelo mesmo motivo. Com seu grupo de Elohims andróginos, nega a existência de outros deuses diante dele, é egoísta, vingativo e cruel.
Assim, os gnósticos do passado rejeitaram a doutrina do Deus criador, o Demiurgo de Moisés. Cultivam a idéia de um Cristo oculto e interior, um deus interior em cada ser humano, capaz de revelar um mundo interior, e isso era a “boa nova”, a grande notícia, a grande sacada. Mas os gnósticos e todos os dissidentes do Cristianismo romano foram perseguidos, suprimidos e seus evangelhos queimados.
No afinal das contas, todos somos todos Filhos de Deus, do Absoluto. Jesus vivia repetindo isso, de ser Filho de Deus, e foi literalmente incompreendido e o erro virou dogma. O Cristo, deixou de ser para os gnósticos, um enviado dos céus para libertar um insignificante povo do planeta, a Judéia dominada pelo Império Romano, mas um Deus oculto, adormecido e presente, uma descoberta interior das pessoas, que as libertariam da inconsciência, do esquecimento do que somos realmente. O Cristianismo Romano é um grande equivoco. Até a vida pessoal de Jesus foi interpretada de acordo com os interesses do culto romano, ignorando coisas do tipo onde foi enterrado, esposa e filhos, etc.
E os ateus contemporâneos? Se orientam pelo puro racionalismo, e não buscam outra alternativa, como dizia o grego Sócrates: “Conhece a ti Mesmo”. A maioria deixa o ateísmo no momento da dor. Afinal, o tetos dos templos desabam sobre os fiéis, e os padres e os pastores evangélicos são assaltados e as vezes assassinados, apesar de contarem com a proteção divina.
Mas, sob a ótica da razão, um Deus plantando um Jardim para cultivar plantas e animais, entre eles os seres humanos, ainda em minoria, podemos concluir que somos apenas comida. Não é isso que fazemos nas fazendas, domesticar animais escravizados para o abate, para alimento? Que tipo de comida? Ta maluco Cara Pálida! Produzimos algum tipo de emanação especial que alimenta o planeta e o Universo, senão seríamos criaturas completamente inúteis no universo.
Mas não temos nada em troca? Embora não dando nada em troca para os animais que devoramos, o Absoluto deve ser mais generoso. Eis algumas alternativas vindas de outras culturas religiosas:
Para os antigos Hindus, estamos presos numa cadeia de renascimentos, independente da forma. Buda, anterior a Jesus, também pregou a descoberta interior como um prêmio, uma libertação da forma humana.
No interessante livro de Carlos Casteneda, “O Presente da Águia”, as crenças religiosas dos toltecas definiam o Absoluto, para nós, Deus, como uma Grande Águia universal produzindo emanações, o universo e os seres. Nós, seres humanos, no final das contas retornamos como emanações para ser absorvidos pela Águia, que reserva um presente para os guerreiros que conseguem forjar um conhecimento: escapar de ser devorado. Talvez os cristãos de hoje acreditem no mito da “salvação” dessa forma, isto, ser devorado nas chamas do Inferno, ou escapar para o céu.
Mas não é preciso ir tão longe para encontrar um conhecimento revelador. Aqui mesmo no Brasil, a tribo Tupi-Guarani dos Araweté, estudada pelo antropólogo Eduardo Viveiro de Castro, numa obra publicada em 1986, “ARAWETÉ os deuses Canibais”, relata o seguinte:
“Os Arawete dizem que as almas de seus mortos, uma vez chegadas ao céu, são mortas e devoradas pêlos Maí, os deuses, que em seguida as ressuscitam, a partir dos ossos; elas então se tornam como os deuses, imortais.”, página 22.
Para os alquimistas da Idade Média, o universo é autofágico, isto é, devora a si mesmo. Essa simbiose é demonstrada na última ceia, num simbólico ato de antropofagia, onde Jesus diz que o pão é sua carne e o vinho seu sangue, convidando todos a comer do seu corpo. Ironicamente, esse ritual não foi copiado pelos dissidentes do Cristianismo Católico.