segunda-feira, 3 de março de 2014

OS MISTÉRIOS KEM’MIT, O EGITO DAS PIRÂMIDES, E UM PASSADO TECNOLÓGICO


A terra de Kemi, ou Kem’mit, é o nome pré-histórico de uma civilização que os gregos costumavam chamar de “Aiguptos”, simplificado na língua portuguesa como “Egito”. Na verdade é  uma expressão vinda do egípcio “Hat-Ka-Ptah”, que significa, “Templo do deus Ptah”, que ficava na cidade de Mênfis. Centro religioso e do conhecimento egípcio, o Templo de Ptah era tão famoso e importante, que passou a denominar, para os gregos, toda a civilização. Egito era o povo do grande Templo de Ptah.

Essa civilização africana, sustentada pelas cheias do rio Nilo, no meio dos desertos africanos, que se autodenominava Kemi, isto é, “negra”, em alusão as terras férteis do rio Nilo, como as “terras pretas” dos povos indígenas da várzea amazônica. Para alguns, por ser um centro de conhecimento da Antiguidade, seria uma referência a magia Negra. Foi lá que surgiu a Alquimia, que mais tarde deu origem a química, que carrega até hoje o nome de Kemi, denominado de  “Egito” pelos gregos.

Talvez senha sido por causa  da forte energia telúrica, do continente africano, que a cor da pele dos nativos desse continente seja negra. Daí, também uma explicação para o nome Kemi. O que não exclui uma atmosfera tenebrosa que se observa no formato do continente, por estranha coincidência, num crânio humano. A terra dos Magos, da Magia Negra, refúgio dos últimos sobreviventes do grande “Mabul”, isto é, “desastre, cataclismo” na língua hebraica, traduzido para as línguas latinas como “Dilúvio”, uma grande chuva.

 Egito, ou Kemi, esse povo altamente desenvolvido, é também denominado no livro de “Genesis”  bíblico – supostamente escrito por Moisés, um hebreu gago, criado por uma princesa egípcia, e educados nos templos – com o nome de  Mitzraim. Como muita coisa é simbólica, mal traduzida, e cabe  interpretações cabalísticas, Mitzraim aparece na narrativa após o Mabul. É o nome de uma pessoa descendente de um dos filhos de Nóe, que foi amaldiçoado por desvelar nudez do Pai. O que levou recentemente um pastor brasileiro, polêmico e político, a dizer que os africanos é um povo amaldiçoado por Deus. Claro que é um erro de interpretação do cidadão. Mitzraim não era uma pessoa, mas um povo. Ver a “nudez”, retirar o véu Isis ou a cortina do Templo, é o simbolismo para os grandes segredos da Natureza. É muito provável que a civilização que viveu antes do Mabul tenha tido alguma culpa na destruição planetária, como a atual está fazendo agora com o planeta, e a “maldição de Noé” é na verdade uma acusação.

Mas, o que significa “Mitzraim” na língua hebraica? Primeiramente, é um plural e não poderia ser o nome de uma pessoa. É o plural de “mitz”, algo como “torre”, associado a “rá’, que na cultura egípcia representa o Sol ou o seu brilho, e  a terminação plural “im”.

Como denominação hebraica para o que os gregos Chamavam de Egito, “templo do deus Ptah”,  Mitzraim tem o significado de “ lugar das torres luminosas”, o mais precisamente “lugar das pirâmides”. Criado no Egito, Moises usa uma palavra egípcia para um tipo de construção misteriosa, semelhantes a torres elevadas para os céus, que os gregos chamavam de “pira midos”, isto é “pirâmides”  literalmente em línguas latinas  “ fogo no meio”. Portanto, as estranhas Mitzraim são os edifícios com “ luz ou fogo no meio” ou no topo. Moisés usou uma palavra egípcia na expressão mitzraim, pois o que os gregos chamavam de “pirâmide” é a palavra egípcia, escrita sem vogais, “m’r’t’ ou “m’r”, ou “mer”, presente na palavra “Mastaba” e no árabe “Mutardi”.

Portanto, a telúrica terra enegrecida, “Kemi”, onde estava o grande e famoso , “Templo do deus Ptah”, e chamado por Moisés por um plural do que os gregos chamavam de “pirâmides”,  e os egípcios de  “m’r’t’, Mitzraim – que podemos compreender como a terra das estranhas construções, as torres de luz.
 Essas estranhas construções deve estar ligadas a uma tecnologia perdida, pré-histórica, de prolongamento da vida humana, que se degenerou no processo da mumificação, a conservação de cadáveres no Egito histórico. É preciso lembrar que o Egito é a fonte, a origem do mito de Atlântida contado por Platão, de um povo que teria desaparecido numa grande catástrofe – Mabul, em hebraico. Que o Egito é considerado uma colônia de sobreviventes dessa catástrofe – dos Atlantes. O vicio cultural de ver “deuses” em tudo, transformou os “netheru” – antepassados, no egípcio, em criaturas estranhas,  seres irreais, celestes, divinos. O “Nether” da terra de Kemi não é um “deus” no sentido cultural do Ocidente. Esses “antepassados” fundadores  do Egípcio, como Osíris e Seth” foram divinizados nas tradição grega e latina.

Mas, de onde surgiu essa história de que as pirâmides são túmulos dos megalomaníacos faraós, reis e nobres do Egito? Contrariando totalmente o significado de “Luz, fogo, no meio” – “pirâmide” –  é completamente incompreensível e sem sentido, que sejam túmulos. Baseados no viajante e historiador Heródoto, é repetido como verdade histórica, que a grande pirâmide foi construída no prazo de vinte anos pelo Faraó Queóps. Esquecendo que a Esfinge de Gizé, foi desenterrada do deserto, não supomos que o mesmo aconteceu com as pirâmides. Essa construção não foi construída em vinte anos, mas desenterrada e restaurada, sim.

 Queóps não construiu a grande pirâmide em vinte anos, mas desenterrou do deserto uma construção  pré-histórica. P. D. Ouspensky levanta essa hipótese em seu livro “Um Novo Modelo de Universo”. Pode ter usado como túmulo, porque devia existir alguma informação sobre a utilidade real daquela construção – tecnologias perdidas de uso das energias telúricas, e prolongamento da vida orgânica. Moisés diz que as dez gerações dos patriarcas anteriores ao Mabul, tiveram vidas longas. Também George Ivanovich Gurdjieff, no seu livro autobiografico “Encontro com homens notáveis”, fala de um mapa das pirâmides antes do deserto, que se formou em sua volta, que teve uma cópia em seu poder. Em outro livro mais enigmático “Relatos de Belzebu aos seus netos”, Gurdjieff  fala da grande pirâmide como se fosse um observatório, e com naturalidade, também no planeta Marte. Vale acrescentar que o livro narra a passagem de um ser cósmico a bordo de uma espaçonave interplanetária, atravessando o sistema solar, contando suas aventuras na Terra para seu neto.

 A idéia de pirâmides em Marte não é recente. Quando foi lançado a trilogia Crônicas Marcianas , filmes para televisão baseado no livro de  ficção científica de 1950, do escritor americano Ray Bradbury, o cenário de Marte é composto de pirâmides. Isso muito antes das polêmicas fotos tiradas por sondas americanas em que aparece um rosto e  construções que parecem pirâmides.

Que conclusões  podemos tirar de tudo isso: Que a civilização que encantou os gregos com seus templos, suas misteriosas construções “com fogo no meio”, que contava sobre uma civilização desaparecida, que é divulgada hoje como “Atlântida”, que se autodenominava “negra” ou Kemi, chamada nos livros do Velho Testamento de Mitzraim, “torres de luz”, era herdeira de vestígios de um mundo tecnológico. Uma tecnologia que usava formas de energia captadas, talvez, por essas estranhas construções encontradas em diversas parte do planeta, em vários povos  pré-colombianos.

 Que os “Netheru” na civilização egípcia não eram “deuses”, mas sobreviventes com grande conhecimento tecnológico. Mas por estranhos e desconhecidos motivos, não sobreviveram. O Egito histórico que os gregos conheceram era uma cultura em decadência, miscigenada com várias etnias, brancos, negros, entre o matriarcado e o patriarcado. Reis megalomaníacos, que se consideravam descendentes dos poderosos Netheru, “deuses vivos”, como foram os imperadores loucos Nero, Calígula, de Roma, o macedônio Alexandre e o líder alemão Hitler. Daí, dá para entender porque um rei egípcio desenterra construções pré-diluvianas, leva vinte anos restaurando e transforma em túmulo pessoal. A descoberta de que houve uma civilização tecnológica antes dessa, é terrível. Assim como no passado, a tecnologia pode ser o motivo de um novo cataclismo, bilhões de mortos e o triste recomeço nos destroço e selvageria dos sobreviventes.

OBSERVAÇÕES E REFERÊNCIAS
 As ilustrações que acompanha o texto são uma forma de atavismo e gnose, inconsciênte coletivo, de vários artistas, centenas de representações tecnológicas, que tem aparecido ultimamente no mundo virtual, na internet, em sites, blog e facebook. Não sei os autores, mas são muito interressantes.

Os livros de Ouspensky e Gurdjieff foram públicados no Brasil.

Os significados das palavras egípcias e gregas foram tiradas do livro “As Origens do Egipto”, de Jean-Louis Bernard, de uma edição portuguesa impressa em 1978.
 A  trilogia Crônicas Marcianas  foi lançada em formato VHS, passou na TV brasileira, e pode ser visto no Youtube com  dublagem em espanhol.

 Só para mencionar, sem compromisso, há uma tradição pouco conhecida, de que a grande pirâmide foi construída trezentos anos antes da catástrofe  diluviana , pelo rei Surid....