sexta-feira, 5 de abril de 2013

A NECROLATRIA DIVINA DO CRISTIANISMO: O CULTO DO HOMEM MORTO




Um momento de dor, tristeza, foi ver a agonia do meu pai, nos últimos dias de vida na cama de um hospital.  Ele não  tinham paz e nem conforto algum. Não rezava mais, nem pedia socorro  a algum “ser superior”. Pelo menos umas duas vezes em vida ele disse uma frase dura e amarga. Foi no hospital alguns dias antes de partir para o sono eterno, que repetiu num momento de lucidez, nos seus oitenta e poucos anos, porque não rezava mais: “É tudo mentira!”
Mas qual era a “mentira”? Na verdade eu nunca vi um padre, um pastor evangélico, sorrindo de felicidade num leito de morte, porque vai ao encontro de seu “Deus”, ou para o “céu”. Ao contrário, quando estão doentes correm para os médicos e hospitais, em busca da cura e fogem da morte como o “diabo foge da cruz”. Nos dão o exemplo do medo e o desespero da morte. E para que serve esses “intermediários”, “pastores de ovelhas” e o seu culto do  Homem Morto, o Homem-Deus, o Novo Osíris romano, que voltou da morte e trouxe a esperança da continuidade da vida:  no céu para os bons, e o castigo do inferno, e a  aniquilação no fogo para os maus?
A resposta não é nenhum pouco confortável. O cristianismo, quando se torna a religião do decadente Império Romano, passa a ser o que é até hoje: um aparelho ideológico de controle social associado a poderes políticos. O Império se dividiu e acabou afundando na decadência. Mas os sacerdotes se negaram a desaparecer com o Império. E o que há de verdade no Cristianismo Romano? O que é a “salvação” e a “Ressurreição dos mortos”?
                            UM PACTO COM O PODER ECONÔMICO?

Qual era afinal a “boa nova, a boa notícia” trazida pelo grupo de Jesus? O que era “ressurgir” depois de Morto? Levantar do túmulo em carne e ossos, com o corpo que morreu? E ainda por cima elevar-se, subir aos céus – que se imaginava existir naquela época – entre as nuvens da atmosfera terrestre?
Um homem reviver não é um mito original. Osíris já tinha voltado da morte nos mitos dos egípcios. Descer aos infernos, também não é original. Orfeu tinha feito isso nos mitos gregos. Seus milagrosos poderes não foram maiores que os de Krishnna, o deus azul dos hindus.
Os evangelhos, que Jesus nunca escreveu, podem ser interpretados de formas diferentes até pelos marxistas. É antes de se tornar a religião do Estado, era um culto dos escravos de Roma.
O “Papa” do Catolicismo representa, “em verdade” o Sumo Sacerdote que Jesus nunca imaginou, de Osíris e Isis. E a sobrevivência de Jesus após a morte, um homem, tornado um deus como era prática no Egito – o Faraó era um deus vivo – parece suspeito e improvável. A preocupação em conservar os mortos, mumificação, colocar um Papa morto em três caixões, cultivar “relíquias” – pedaços de cadáveres dos “santos” – a  necrolatria, era uma prática da religião egípcia!
                                       JESUS E MADALENA
 Num mundo racional, no século atual, só o sofrimento, a miséria, e o medo da morte e do inferno, para os ricos, alimentado por sacerdotes cheios de “boa vontade”, pode explicar o “grande delírio” de um  Deus bom, que ama a humanidade.
Como aceitar a exploração econômica, a servidão aos bancos, as empresas dos ricos – sem acreditar numa “esperança” religiosa? Uma recompensa por bom comportamento no céu?
Como pode existir alguma criatura divina, no universo ou na Natureza, para perdoar e absolver os crimes brutais cometidos por toda a humanidade contra os animais – milhões que são escravizados e mortos cruelmente – para virar comida? Ao contrário. Somo desprezados e não temos “amigos” na Natureza. Não há piedade para mim, nem para nenhum humano.
Para quê um Deus cria seres viventes num belo Jardim? Para quê os humanos criam gado, galinhas, perus, e outros animais, no cativeiro, em suas fazendas? Claro, pelo raciocínio dos sacerdotes cristãos, os fazendeiros criam animais para serem  “adorados” por eles. Você já viu o filme do porquinho “Babe”?
Há milhares de anos que alguma geração humana descobriu o papel das criaturas na Natureza. E por isso decidiram trucidar os animais – morrer em nosso lugar – e servir de alimento. Foi a invenção do “sacrifício”. Mas não é o foco do assunto em questão
 
                                       MADALENA? JESUS?

“É tudo mentira”, dizia o meu pai no leito de morte. Claro, como a morte sempre me incomodou – por isso me dedique a Filosofia e a pesquisa no ocultismo e em várias religiões, até tomei o chá da chacrona com o mariri, na União do Vegetal – não fiquei tão abalado com a revelação. O que incomodava, é como essa religião não conforta os moribundos. Vejo as pessoas em desespero, apesar de serem cristãs. Nem Padre, e muito menos Pastores dão exemplo de morrer feliz no reencontro com o Demiurgo. Nunca vi pessoas sorrindo nesse momento  – pelo menos entre os cristãos contemporâneos.
Existe, entretanto, um outro  lado dessa história de farsas e poderes políticos e econômicos. Até os “evangélicos” dos nossos dias começaram a desconfiar de tudo, adotando uma posição de defesa e alarme. Há alguma coisa errada, mas não existe clareza nas acusações de uma conspiração dos ricos contra os pobres, de satanistas e governos – não há certeza de nada. Ouviram o galo cantar – mas não sabem onde. Os evangélicos – Lutero, Calvino – romperam com o Papa, com Catolicismo, mas continuaram  acreditando no Homem Deus inventado pelos sacerdotes romanos, o novo Osíris.Muito mais assustador:  elevaram Jesus ao posto de Deus, aposentando os Elohins, o Javé e o Deus da Montanha. Agora, foi o próprio Jesus que orientou Noé, que "falou” com Samuel, e criou o Homem, a humanidade, a sua imagem. “Jesus é o SENHOR”, isto é, DEUS, o grande Demiurgo.
Como metáfora, como simbolismo, como poesia, o mito da “ressurreição” é completamente válido. Só o fato concreto de algum sinal, de que alguma coisa inteligente possa sobreviver dos mortos, poderia ser chamado pelo Grande Jesus, e seus primitivos seguidores, de “Boa notícia”. Agora sim! Temos certeza da  sobrevivência. Essa era a idéia principal do Cristianismo, a  Boa Nova. Mas, um Homem sair do túmulo, um  “Zumbi”, é grotesco, é bizarro. Até porque, era a “alma” e não o corpo de fato, que deve sobreviver a morte. Essa idéia – a sobrevivência da ALMA, ou  ESPIRITO , ou vários corpos ASTRAIS, ou  ÉTERICOS –  esteve presente em  todos as culturas do passado. Na Índia os corpos dos mortos são jogados no rio Ganges, ou queimados. No Tibet, devorados pelas aves, e algumas tribos da Amazônia, costumam comer a cinza dos mortos misturadas num mingau de  pupunha. Na cultura bíblica judaica o corpo deveria ser enterrado como respeito a “imagem” do Criador, o Demiurgo, coletivamente, os Elohins. Importantes em vida, descartáveis na morte – essa sempre foi a idéia sobre o corpo humano.
Para os seres escravos da Natureza, como os Humanos, “comidos pela terra”, criados por um Demiurgo, e sobreviver de alguma forma, era uma grande “descoberta”, uma grande conquista. Uma “boa nova”.  Embora, nas entrelinhas, só as sementes que se transformassem em árvores frutíferas, e dessem bons frutos, teriam o presente da vida eterna. A maioria seria queimada, devorada, sem piedade. Existe uma interpretação das parábolas de Jesus nenhum pouco doce, bela, sublime, maravilhosa – ao contrário, é cruel e dura:  era preciso ensinar por parábolas, porque não devia “dar pérolas aos porcos”. Era uma doutrina para poucos.
Se os  cristãos primitivos e a doutrina velada dos Evangelhos foram suprimidos,  pelo clero poderoso de Roma,como poderia ser mantidos os conhecimentos  e as idéias, não só dos seguidores do grupo de Jesus, mas até mesmo da “família” do caldeu Abrão?
                   MADALENA E O VASO ÚTERO COM A SEMENTE DE JESUS?
Com certeza alguns  grupos conservaram informações mantidas em segredo. As vezes as coisas são colocadas inocentemente, mas observando melhor, dá para perceber o que é negado pelo clero romano. A suposição descartada da morte de fato, de Jesus, e de sua relação com Maria Madalena – sua esposa. Alguns artistas, em épocas diferentes, representaram Maria Madalena em atitude de pesar, junto com um crânio – de Jesus? É o lamento da Viúva?
Meu filho... ”é tudo mentira!!!”



O LAMENTO DA VIÚVA DE JESUS?




Porque Maria Madalena está voltada para o crânio?




Pensativa com o crânio no colo?

 Madalena segura um crânio!
É O CRÂNIO DE JESUS?....