domingo, 14 de novembro de 2010

SACRIFÍCIO AOS DEUSES CANIBAIS

É profundamente revelador esse momento da história , de uma sociedade globalizada vivendo um momento de renascimento e descobertas. Momento de desconfiança justificado pelas teorias conspiratórias e revelações de informações confidenciais, coisas que o dogmatismo impede que se discuta “verdades acabadas”, “mistérios da fé”. Como ficou visível o poder da Igreja que sobrou do Império Romano, em criar uma imagem misteriosa da figura de Jesus, um homem que deve ter sido especial como Sócrates, Buda, Pitágoras, e outros que fizeram a diferença com sua idéias, nunca esquecidos. Que diferença faz que um homem tenha sido casado e gerados filhos, se isso era permitido entre os judeus? Mas “O código da Vince” traz uma trama conspiratória envolvendo Maria Madalena e Jesus Cristo, e figuras como Leonardo da Vince, que participando de sociedades secretas, saberiam detalhes desconhecidos da história. Mas a vida de Leonardo, um pouco estranha, para nós, pois viveu solteiro e cercado de história de pederastia, amante de rapazes como os gregos. Talvez por isso, as suposições e detalhes estranhos deixados em alguns quadros, como “ A Última Ceia”, fartamente comentados no livro e no filme, ficou apenas como algo exótico.
Mas a coisa não fica por aqui. Sem querer, lendo um livro sobre os ensinamentos do russo George Ivanovitc Gurdjieff , fiquei surpreso com um trabalho inacabado de outro artista: o sonho da vida humana, de Michelangelo, um esboço que representa o sono da inconsciência humana, do qual somos vítimas por toda a vida. No quadro um anjo sopra uma trombeta no ouvido de um homem adormecido, bem como outros pequenos detalhes significativos. Ora, só algumas pessoas compartilham essas idéias ou conhecimento sobre “inconsciência”, “estado superior de Vigília”, do ”homem desperto”, que nos remete ao fato de que um grupo de pessoas guardam informações e conhecimentos, como certos artistas, no caso do Leonardo da Vince e Michelangelo. Aliás, qualquer pessoa pode ver esse quadro na Web
.

Bilhões de seres humanos se reproduzem automaticamente como robôs programados, como a grama, formigas ou baratas. Embora tenhamos algo diferente dos outros animais. Querendo viver para sempre, achando que a vida é um parque de diversões, que felicidade é não sofrer, comer, brincar, “curtir” a vida. E a morte? Não devemos nos preocupar pois somos filhos de um Deus bondoso que nos permite tudo, inclusive matar e devorar tudo o que se move na Terra.
Para preparar um acolhida no céu devemos participar de uma religião, pagar o dizimo e ser abençoados, evitando o inferno e as armadilhas do Diabo. Isso é Inconsciência, esse agir mecânico. Muito parecido com um termo usado em Filosofia, as “ideologias”, usadas por grupos econômicos para a dominação e controle social, na construção da selva urbana do capitalismo.
Outro simbolismo revelador como “o sonho da vida humana”, é a “escada de Jacó” do Genesis, mostrando que devemos acordar para ouvir os anjos, subindo os níveis da consciência. É o anjo de Michelangelo buzinando no ouvido de Jacó – Despertai !
Há conhecimentos que devem ser relembrados, como os sacrifícios de animais e seres humanos, presentes em alguns livros da Bíblia: Caim, Abel , Noé, Jacó, sacrificaram para agradar a divindade, o comercio de animais para os sacrifícios no tempo de Jesus. O sacrifícios de humanos, por diversos povos da Terra, inclusive pelos Astecas, Maias, do Novo Mundo. Até mesmo nos dias atuais, há pessoas assassinando em rituais de magia negra, em pleno século 21. Para entender essa prática imemorial: “Quando qualquer coisa morre, uma grande quantidade de energia é liberada”

. Sacrificar é praticar magia, não sei se é branca, negra, azul ou verde. Os rituais de sacrifícios estão relacionados a intenção de evocar criaturas astrais, divindades, liberando algum tipo de energia ao matar uma criatura, derramar seu sangue. Então, é verdade que produzimos algum tipo de energia com nossas vidas sem sentido? Ou o sentido de nossas vidas é ser produtores dessa energia. Afinal, os Elohins plantaram um jardim para produzir o quê? Nele havia criaturas vivas: animais, peixes, aves, plantas, árvores e seres humanos. Sou fazendeiro, ou criador de galinhas, ou qualquer outro animal doméstico. Para quê, os humanos escravizam as outras criaturas? Para servir de alimento, todo mundo sabe. Porque será difícil entender que o Jardim bíblico cultiva seres que deveriam alimentar o planeta com suas emanações?
Somos produtores de Lush, Akoskin, uma energia que nutre alguma coisa no Universo. A própria Terra e os Planetas, também seres vivos, produzem essa energia. Mas não é um vampirismo gratuito, porque o próprio universo se alimenta de si mesmo, isto é, autofágico. As relações do planeta com suas criaturas são simbioses: devorar e ser devorado.
Se você pensa que os sacrifícios é uma pratica do passado. Acorde, porque a principal idéia ou “mistério” do Cristianismo, é o “Cordeiro de Deus”, sacrificado no Calvário para salvar os pecadores e toda a humanidade, os “escolhidos”, sei lá, do inferno. O principal dogma do Cristianismo é o sacrifício de um homem-Deus, Jesus, supostamente o Cristo esperado pelos judeus, na língua deles “o Messias”, o Ungido. Que quantidade de energia produziria a morte de um “filho de Deus”, ou de um Deus? O suficiente para quebrar as portas do Inferno, segundo o dogma Cristão.
Há uns trinta anos passados, quando era estudante do Ensino Médio, numa escola pública, uma colega “evangélica”, para impressionar os colegas católicos, contou um fato ou invenção de algum pastor fanático, que alguém presenciou uma mulher na Índia com duas crianças, uma sadia e a outra doente. Acontece, que a mulher estava provavelmente numa margem do rio Ganges, para fazer um sacrifício: ia sacrificar a criança sadia para salvar a que estava doente! Que horror, que barbarismo, coisa terrível que jamais um cristão faria.
Quem foi que disse, Cara Pálida! O principal dogma do Cristianismo é exatamente o que a mulher do exemplo infame : Deus teria mandado seu Filho, sadio, bondoso, para morrer, ser sacrificado, para salvar os pecadores, doentes mentais do planeta Terra, que “não sabem o que fazem”, porque vivem na Inconsciência.